Livro: Orgulho e Preconceito
Escritora: Jane Austen
Editora: Ciranda Cultural
"Se os seus sentimentos forem os mesmos de abril passado, diga-me logo. Os meus sentimentos e desejos não mudaram, mas diga-me uma palavra e eu os silenciarei para sempre."
Estamos embarcando numa narrativa por volta do século XIX, com costumes diferentes e antiquados.
Ainda sim, me deparo com uma força feminina que é a personagem Elizabeth, pode-se dizer que ela andava muito à frente do seu tempo por não se contentar aos padrões impostos.
Obviamente ela tinha uma família que também era diferente da grande maioria, seu pai - e meu atual ícone literário - Senhor Bennet queria a felicidade de suas filhas e isso não dependia de um bom casamento mas da escolha de cada uma sobre como viver sua vida.
A obra é rica em detalhes. Os personagens se revelam aos poucos e a história vai tomando forma.
Temos como ato principal o amor de Elizabeth e Darcy, no início mascarado por farpas e conceitos pré formados um do outro.
Nesse romance de época vemos a sociedade se destacar pelo anseio na riqueza, hierarquia e status social.
As classes sociais eram separadas por um abismo entre o preconceito e claro, o orgulho. E o casal principal vive nesse sentido, um de cada lado, separados por tal abismo.
A pergunta que fica é: o amor supera o orgulho e o preconceito?
O amor será uma ponte que une pessoas diferentes?
Os dois se encontram diversas vezes no decorrer da trama. Vemos a declaração do Darcy e a surpresa de Liza ao descobrir um amor que vinha do último homem que imaginaria se apaixonar na vida.
E entre idas e vindas. Cartas e mais cartas. Passeios em jardins e conversas. Aos poucos os nós dos desentendimentos vão se desfazendo. A ponte se ergue.
E surge um amor forte e livre.
Capaz de se despir de qualquer orgulho e preconceito. Capaz de unir pessoas de diferentes classes e costumes. E capaz de mostrar que no fim das contas o amor não olha a aparência, a riqueza e os títulos. O amor vem de onde menos se espera.
Darcy nos mostra que o orgulho pode ser quebrado se confrontado com um universo diferente do que vivemos. E Elizabeth nos ensina que o preconceito vem de uma pré formação de caráter que não se pode ter até que se conheça verdadeiramente alguém.
Lindo, leve, rico de detalhes e com uma história envolvente.
"Mas confesso que a mim nada disso me encanta. Prefiro infinitamente um livro."
Boa leitura!
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