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O início da paixão pela leitura

Toda história que se prese começa com uma apresentação, mas serei breve.

A paixão por ler começa por volta dos meus onze ou doze anos, quando por um surto de consciência, em época de férias, no porão da fazenda de minha avó, encontro o livro Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres de Clarice Lispector. Peguei o livro num impulso. Não pensem que foi de uma hora pra outra. A hora da leitura é demorada, o caminho para conquistar o prazer em ler é no mínimo um ato de coragem realizado dia após dia. Houve todo um processo de conquista, eu levava aquele livro pra todo canto. As férias terminaram, e o livro? Eu não tinha folheado sequer duas páginas ainda, mas o trouxera comigo para casa.

Comecei a ler. Primeiro foi chato, não entendia nada do que era dito. Depois foi interessante, o contato - ou toca ou não toca diria Clarice - havia sido selado. No fim eu me encantara. A partir daí comecei devagar, li alguns romances famosos, fantasia, muita poesia e aos poucos ia lendo Clarice Lispector. Depois comecei com outros nomes renomados da literatura brasileira. Recentemente comecei as distopias também. E assim, o gosto foi tomando forma.

Mas, para deixar bem claro, esse espaço não é sobre ler livros difíceis, é sobre a hora que você se conecta tanto com os livros ao ponto de não saber mais viver sem eles. É sobre imaginar o paraíso como uma espécie de livraria - diria Jorge Luis Borges.

Aqui nesse canto da estante, quero compartilhar minhas leituras e algumas experiências que os livros me permitem ter. 


A hora da leitura é quando você começa se permitir a entrar no paraíso.



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